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Jogos e internet: o cuidado para não se tornar vício

A era da informática e da tecnologia que vivemos proporciona um fácil acesso às informações e às formas de interação, principalmente por meio de aparelhos digitais, como jamais fora visto antigamente. Os jogos e a internet, dois dos grandes expoentes dessa era, fazem parte do cotidiano de milhões de usuários ao redor do mundo, conectando pessoas e culturas, e sendo uma opção de entretenimento amplamente escolhida por gente de todas as idades, mas tendo uma maior predileção entre os mais jovens.  

Tal cenário tem preocupado profissionais da saúde, educadores e pais, pois o uso compulsivo da internet e dos jogos eletrônicos está prejudicando a saúde de muitos jovens, alarmando a sociedade e reforçando a necessidade de haver mais debates sobre questões relativas à saúde mental e o mal uso das tecnologias.

Vício em jogos e internet é prejudicial

São Francisco de Sales já manifestava sobre isso: “se dás muito tempo ao jogo, ele já não é um divertimento, mas fica sendo uma ocupação” (Filotéia). Como uma forma de alertar os pais, já que a saúde física e mental de nossos estudantes é uma preocupação constante do Colégio São Paulo Apóstolo, indicamos o sinal principal que todos devem ficar atentos.

Caso a criança demonstre uma necessidade de estar na internet ou de jogar em eletrônicos por um período muito além do aceitável para os estudos e lazer, é chegada a hora de buscar ajuda. Santo Tomás de Aquino, sobre esse assunto em sua Suma Teológica (II-II, q. 168), afirma que não é diversão legítima aquela que nos faz cair no vício.

Quando esse uso for demasiado, ela demonstrará que só se sente satisfeita se estiver fazendo uso de smartphones, de computadores e de videogames, objetos que assumirão um lugar de destaque na vida dela. Outro sinal é  relegar as atividades escolares, religiosas ou em família para um segundo plano.

Inquietude, agitação, irritação e sofrimento quando não pode acessar a rede ou jogar também indicam que algo grave está acontecendo. O vício em jogos eletrônicos e internet tende a inserir o usuário em um cenário solitário por causa do isolamento social, já que as relações pessoais são paulatinamente substituídas pela “vida” virtual.

Aos poucos, o interesse por outras atividades vai diminuindo, podendo facilitar o surgimento de outras doenças como a depressão e a ansiedade, além de sintomas como insegurança, baixa autoestima e fobia social.

Para evitar que o cenário se agrave a tal ponto, é importante que a criança seja orientada desde cedo pelos pais e que estes a incentivem na prática das virtudes e na vivência dos sacramentos.

Deixamos o nosso apelo para que os pais estejam sempre vigilantes e incentivem o uso saudável de seus filhos das tecnologias digitais e que não demorem a pedir ajuda quando verificarem que algo de errado possa estar acontecendo com a saúde deles.