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O que perguntar na escola antes de realizar a matrícula?

Escolher uma instituição para auxiliar na educação da criança é um grande desafio para os pais. Nessa fase, é natural que surjam dúvidas e anseios. Por isso, antes de realizar a matrícula do seu filho, é importante saber o que perguntar na escola.

Após pesquisar bastante e pedir indicações para pessoas de confiança e que compartilham os mesmos princípios morais e religiosos, os pais devem saber as principais informações sobre o colégio. Afinal, a criança passará boa parte do seu tempo nesse ambiente.

Desde à segurança, valores e método pedagógico, até à alimentação e atividades oferecidas, nunca é demais querer saber mais. Por isso, anote algumas perguntas para não se confundir ou esquecer ao se reunir com o diretor ou responsável pelo atendimento na escola.

Fique por aqui e confira as principais questões que separamos para você fazer na escola antes de realizar a matrícula!

Saiba o que perguntar na escola antes de matricular seu filho

1 – “Quais os valores fundamentais da escola?”

Descubra os valores e os princípios norteadores da instituição. Eles dizem respeito à maneira como a escola irá se comportar para atingir seus objetivos. Por exemplo: nortearão a contratação de profissionais – que terão contato o tempo inteiro com os filhos -, bem como as atividades que as crianças realizarão ao longo das aulas. Se for de encontro com os seus próprios, não hesite em procurar outras opções.

2 – “A escola oferece atividades extracurriculares?”

As atividades extracurriculares não são obrigatórias, mas definitivamente fazem toda a diferença na educação do seu filho. Elas devem favorecer o desenvolvimento físico, psicológico, intelectual e espiritual da criança.

Alguns exemplos são aulas de balé, futebol, música, artes e contos bíblicos. Essas atividades auxiliarão a desenvolver disciplina, capacidade de concentração, habilidades físico e psico-motoras, além de habilidades musicais auditivas.

3 – “Qual o grande diferencial desta escola para as outras?”

Há muitos pontos que podem ser um diferencial para a escola a ser escolhida, mas vamos pensar nos principais. Por exemplo, o cuidado e atenção especial para cada aluno, reconhecendo a dignidade da pessoa humana; os valores morais; relacionamento próximo com os pais; e excelente equipe pedagógica e/ou material de ensino. No Colégio São Paulo Apóstolo, por exemplo, podemos dizer que entre alguns diferenciais, está a prática da Lectio Divina no início do dia, antes de todas as atividades.

Ler também: Por que escolher uma escola católica?

4 – “Qual o método pedagógico?”

Esse provavelmente é um dos mais importantes pontos sobre o que perguntar na escola. Atente-se às instituições que valorizam métodos pedagógicos os quais colocam professor e aluno em pé de igualdade.

Afinal, a criança está ali para ser formada e tomar conhecimento da Verdade, aprender a ter disciplina e respeitar a autoridade – seja ela o professor em sala ou os pais em casa. Pergunte se o método pedagógico incentiva a criatividade e independência – sempre pautado pela beleza, bondade e verdade.

Se você procura uma escola em Foz do Iguaçu, o Colégio São Paulo Apóstolo está pronto para responder suas principais perguntas. Entre em contato!

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Por que escolher uma escola católica?

A finalidade de toda escola católica deveria ser levar cada pessoa a conhecer e amar a Deus, para que ela alcance a sua santidade. Como aos pais foi confiado o dever de educar, é de responsabilidade deles propiciar uma instrução que parta do princípio e da causa de todas as coisas (Deus).

O método pedagógico tem o poder de levar a conclusões errôneas ou verdadeiras. Se o método não parte do princípio da causa – Deus – não é possível chegar à verdade. O padre Sertillanges, em seu famoso livro A vida intelectual, diz:

“Se há, portanto, um Ser primeiro e uma Causa primeira, é aí que se completa e se esclarece em última instância o saber […] o homem que pertence à verdade deve centrar sua investigação naquilo que é o ponto de partida, regra e finalidade no mais alto grau, naquilo que é tudo para tudo, e também para todos”. 

As crianças, muitas vezes, passam boa parte do dia na escola. Lá, elas formam laços de amizade e recebem instrução formal. Ademais, os professores passam a ser, junto com os pais, um modelo.

Desse modo, é essencial prezar por uma boa escola católica para seus filhos. Continue por aqui e entenda melhor a importância dessa escolha na formação das crianças.

Escola católica – a Igreja é mestra

Tempos atrás, escolher uma escola católica era um pouco mais fácil. Ao matricularem a criança em uma instituição com denominação católica, os pais tinham a confiança em um ensino condizente com os ensinamentos da Igreja. 

Entretanto, algumas começaram a se identificar como católicas apenas para atrair alunos, deixando de lado os princípios e valores da fé. Outro ponto importante a ressaltar é que os pais são os primeiros e os principais educadores, mas não são os únicos.

É dever da Igreja e da sociedade civil ajudá-los nessa tarefa de acordo com a necessidade de sua família, sem tirar-lhes a primazia. A Igreja, como mãe e mestra, está imbuída de anunciar o Evangelho e ajudar os homens a se configurarem a Cristo, chegando à plenitude nesta vida.

Assim, a educação em uma escola católica não é verdadeira se não leva o homem a alcançar seu fim último. O papa Pio XI nos esclarece quem é o sujeito da educação cristão. A partir disso, entendemos porque uma escola católica é necessária não só para os católicos, mas para toda a sociedade.

Papa Pio XI

Ele diz na Encíclica Divini Illius Magistri que “o sujeito da educação cristã é o homem, o homem todo, espírito unido ao corpo em unidade de natureza, com todas as suas faculdades naturais e sobrenaturais, como no-lo dão a conhecer a reta razão e a Revelação.” 

Uma escola católica preza pelo ensinamento da Igreja, confiando nas palavras de Cristo de que “as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16, 18).

Escola católica: formação integral do ser humano

Para finalizar, a escola católica sabe que o ser humano é composto de corpo e espírito. Portanto, é imprescindível uma formação que vise o desenvolvimento humano integral de suas potencialidades, ajudando-o a aperfeiçoar-se no âmbito físico, social, emocional e espiritual.

A escola católica é, então, um meio seguro de complementar a educação oferecida pelos pais, trabalhando em conjunto com a mesma meta: o céu.

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Atividades extracurriculares: desenvolvimento humano integral

Escolas com atividades extracurriculares e de acordo com os valores da família dão maior segurança para os pais na formação humana e cristã de seus filhos. Porque Cristo revelou ao homem a integralidade do seu ser, uma verdadeira educação católica não pode ignorar o desenvolvimento do homem como um ser que é unidade de corpo e espírito.

Por isso, um colégio católico deve oferecer uma educação que atue no desenvolvimento físico, psicológico, intelectual e espiritual da criança, sendo sempre um apoio às famílias. Nesse sentido, as atividades extracurriculares auxiliam a desenvolver disciplina, capacidade de concentração, habilidades físico e psico-motoras, além de habilidades musicais auditivas.

No colégio São Paulo Apóstolo, as crianças são educadas nos valores do evangelho e podem vivenciar um desenvolvimento integral. Continue por aqui e descubra as nossas opções de atividades extracurriculares.

Leia também: A necessidade de colégios católicos

Atividades extracurriculares do Colégio São Paulo Apóstolo

Ballet clássico

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Aulas de ballet clássico para meninas desde a mais tenra infância são excelentes  para desenvolver habilidades físico-motoras com muita elegância, modéstia e disciplina. Não só se trabalha o corpo, mas também as capacidades musicais auditivas pela apreciação musical dos grandes autores como Bach, Beethoven, Mozart entre tantos outros.

Futebol

O futebol, esporte mais praticado do mundo e a grande paixão do povo brasileiro, ajuda a descarregar as energias, desenvolve o trabalho em equipe e incentiva a disciplina. Isso sem falar nas habilidades psicomotoras!

Mas apesar de tudo isso, praticar esporte é excelente para um saudável crescimento do corpo e da alma forjando homens fortes. “Na música, a simplicidade torna a alma sábia; na ginástica dá saúde ao corpo” (Sócrates).

Artes

Quanto mais cedo uma alma tem contato com o Belo, mais fácil ela se configura a ele. Por isso, as aulas de artes – desenvolvendo técnicas de pintura e habilidades motrizes -, são sumamente importantes para que as crianças tenham uma ligação direta com a beleza.

Por meio da bela expressão na pintura e trabalhos plásticos, elas mesmas poderão contemplar o que é bom e verdadeiro, desde um princípio mais elementar até as precisões mais perfeitas.

Piano

Sabendo da importância da música na educação infanto-juvenil, o Colégio São Paulo Apóstolo oferece aulas de piano entre as opções de atividades extracurriculares. A música clássica, em especial, ajuda a afinar a sensibilidade dos alunos, aumenta a capacidade de concentração e atua no desenvolvimento do cérebro das crianças.

Contos bíblicos

O conhecimento das escrituras foi passado de geração em geração através dos contos que mostravam as bondades de Deus para com seu povo. Nas aulas extracurriculares de contos bíblicos, as crianças têm a oportunidade de aprender a história da salvação de maneira simbólica, vendo como o Cristo era prefigurado nos grandes homens do Antigo Testamento.

Iluminados pela Tradição da Igreja, pode-se ver muito mais profundamente as belezas das Escrituras para o conhecimento do Verbo Eterno desde a tenra infância, crescendo nas virtudes heroicas dos personagens bíblicos.

Mora em Foz do Iguaçu? Entre em contato com o Colégio São Paulo Apóstolo e saiba mais!

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A importância de educar para as virtudes

Educar as crianças para as virtudes exige exemplo, correção e caridade. A Igreja e o testemunho dos santos são uma verdadeira bússola para pais e educadores que desejam estimular as virtudes e colaborar com a ação de Deus na educação das crianças.

Uma vida de virtudes não garante ausência de problemas ou sofrimentos, mas se torna um caminho de salvação e santidade e, consequentemente, de verdadeira felicidade.

Em cada família, de acordo com as circunstâncias, idades e temperamentos, é possível trilhar este caminho de desenvolvimento das virtudes.

Família, primeira escola das virtudes

Neste caminho de desenvolvimento, a família aparece como o mais belo celeiro, capaz de favorecer – ou tristemente o contrário – o desenvolvimento livre e pleno de uma pessoa. É ali, onde a pessoa nasce e é criada, onde tem as primeiras oportunidades de errar e acertar, o ambiente mais favorável. 

Por isso é tão importante entender, enquanto pais, a importância da intencionalidade neste processo. Ela parte, primeiramente, do entendimento de que é necessário oferecer isso aos filhos. Mas para sair do campo das ideias, é preciso traçar objetivos claros.

Daí a importância de conhecer o seu filho, suas características e reações. Diante de quem ele é e dos comportamentos que apresenta, você saberá melhor o que oferecer de suporte para que ele reaja melhor às questões da vida.

Se demonstra ansiedade, procure saber quais são os gatilhos que ativam esse quadro. Se tende à ira, descubra os meios possíveis para ajudá-lo a encontrar um caminho diferente!

Leia também: A necessidade de colégios católicos

Neste caminho de contemplação e observação, veja também o que é dom. As virtudes são como uma teia: é importante identificar vícios, mas tão ou mais importante é fortalecer o que há de bom, pois todo o resto vai se desenvolvendo com os devidos ajustes e estímulos.

Certamente nossas ações, erros, acertos, presença ou ausência, falarão e ecoarão de alguma forma na vida das crianças. É essencial, contudo, não caminhar com o peso de que tudo depende de si, porque, antes de tudo, é necessário confiar na graça de Deus.

 Assim, será possível assumir e fazer perdurar esse caminho de auto exigência, numa perspectiva de esperança e fecundidade!

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São Paulo Apóstolo: um colégio católico em Foz do Iguaçu

O São Paulo Apóstolo, colégio católico em Foz do Iguaçu, nasceu do esforço de várias famílias da cidade que, preocupadas com a educação dos filhos, resolveram estudar a fundo o que é a educação. A caminhada começou em 2015 junto com mais de 400 grupos em todo o país.

Levar o homem à sabedoria – finalidade última de todo o esforço educacional – é a razão para se criar um  colégio católico em Foz do Iguaçu. A fim de alcançá-lo, confiam no escrito de São Paulo: “Caritas Christi Urget Nos” (o amor de Cristo nos impele), buscando sempre a humildade e o auxílio da Graça Divina.

O colégio São Paulo Apóstolo acredita que a verdadeira educação é aquela que forma o ser humano e seu intelecto a serviço de Deus. Todo o esforço é direcionado à educação das crianças e da juventude para a santidade, despertando sua vocação para a Eternidade, formando, assim, cidadãos virtuosos para a sociedade.

A missão do colégio católico em Foz do Iguaçu

Toda e qualquer pessoa, um dia, já se perguntou: “por que existo?”. Somos, então, um colégio com ensino religioso confessional católico e, da mesma forma que São Paulo Apóstolo, não medimos esforços para que toda criança, desde a mais tenra idade, saiba naturalmente responder a essa pergunta, sem hesitação: “existo para conhecer e amar a Deus”.

Portanto, a educação deve ser voltada para esse fim: desenvolver as potências da alma para conhecer e amar a Deus. Essa é, portanto, a nossa missão!

Leia mais: Atividades extracurriculares: desenvolvimento humano integral

Se você deseja que seu filho tenha uma educação em vista de alcançar o fim sublime para que foi criado, conheça nosso colégio e permita que seu filho faça parte de uma nova geração.

Telefone: (45) 3525-3566
Whatsapp: (45) 9143-9168
E-mail: [email protected]
Endereço: Travessa Rio Negro, 19 – Campos do Iguaçu – Foz do Iguaçu – PR CEP : 85870-550

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A Diferença da Educação Clássica

A nós, que normalmente tivemos uma educação progressista, pode parecer nebulosa a ideia da educação clássica. Se na ciência e na tecnologia voltar atrás na história uns trezentos anos é impensável, por que seria diferente com a educação? Por que desprezar o modelo de ensino que hoje impera em nossas escolas em busca de um ideal “do passado” que todos já julgavam morto?

A provocação pode se agravar ao pensarmos no currículo. Latim, uma língua que ninguém fala fora dos círculos eclesiásticos e jurídicos? Literatura Clássica, livros com centenas ou milhares de anos? Foco nas Humanidades, quando o que mais importa é, geralmente, a técnica? Moral, em tempos de tão intenso relativismo? Parece apego irracional ao passado.

No entanto, ao vemos o absoluto fracasso da educação moderna, em que muitas vezes doutores e graduados são incapazes de construir argumentos inteligíveis ou se articular, professores não sabem nem a própria língua e reina absoluta ignorância, ao ponto de grande parte da população, apesar de saber ler, não se pode dizer propriamente alfabetizada, pode nos vir uma dúvida: — Será que foi sempre assim? E basta abrirmos um desses livros velhos de centenas ou milhares de anos para, respondida esta primeira pergunta com um firme — Não!, vir-nos outra: — O que aconteceu?

Vivemos em uma época tumultuada. As instituições, costumes e padrões estão em constante e rápida mudança. Nossa cultura está cada vez mais instável, insegura de si mesma, buscando novidades. Esta avidez por novidades gera uma sede ainda maior por mudanças. Mudanças radicais. E de mudança em mudança, de revolução em revolução, cada vez com maior inocuidade, a mudança virou rotina, e uma rotina tediosa e previsível. Em meio a esta confusão, perdemos o caminho. E quando se perde o caminho, a maneira mais efetiva de seguir em frente é voltar atrás, até o ponto em que reconhecemos, e dali, buscando as direções deixadas pelos que nos precederam, continuar avançando no caminho certo.

No caso da Educação, talvez não tenha sido apenas o caminho que tenha sido perdido, mas a própria essência. O que chamamos de educação hoje, embora guarde semelhanças fortes, tem pouco a ver com o que era educação no passado. O coração da diferença entre a educação clássica e a atual não está no currículo nem nos métodos de ensino, embora estas diferenças existam. A grande diferença está no objetivo. A educação é a passagem da sabedoria e do conhecimento de uma geração para a outra, é uma transmissão cultural, como uma corrida de revezamento em que o novo corredor recebe o bastão muito à frente do que estava quando o atual corredor o recebeu – mas ainda é o mesmo bastão.

O coração da diferença entre a educação clássica e a convencional, dizíamos, está no objetivo. A maior diferença é filosófica. Ou, antes, teológica. A educação atual é, em última instância, nihilista, acreditando que vivemos em um grande vácuo sem sentido. A educação clássica repousa sobre o Fundamento do Ser. Todo o resto segue isso. Pode parecer difícil colocar o currículo e o método como secundário, mas é esta a grande diferença da Educação Clássica. O objetivo vem em primeiro lugar.

A segunda maior diferença, diríamos, é metafísica.A educação atual é orientada para o poder, para a carreira, para a formação (diplomas, capacitação) enquanto a educação clássica é orientada para a verdade. Para a Educação Clássica, a prática é serva da verdade, e não o contrário.

Uma terceira diferença seria no nível ético. A educação atual parte da premissa de que o propósito da infância é a socialização. Já que não há verdade objetiva, o que importa seria aprender a conviver com a diversidade. A Educação Clássica, porém, rejeitando a ideia de que não há verdade, vê a infância como a época do desenvolvimento moral e intelectual.

Uma quarta diferença seria no nível científico. A educação atual vê a ciência natural, pragmática, como a única verdade universal. A Educação Clássica, porém, não afirma que as ciências naturais são a única forma de adquirir conhecimento nem acredita que a ética, a metafísica e a teologia devam ser submissas ao conhecimento excepcionalmente limitado que pode ser alcançado através dos métodos do natural nem que ele é o único nem possa ser sujeito a revisões dialéticas. Por natureza, as ciências naturais não são definitivas. Elas só surgem em um contexto onde a metafísica e a teologia as apoiam. Culturas que acreditam que o mundo é uma ilusão não desenvolvem as ciências naturais muito longe.

Uma quinta diferença seria a própria cosmovisão. A educação atual prega que nada é verdadeiro, que tudo é permitido: — Você tem a sua verdade, eu tenho a minha. Em poucas palavras, prega que não há verdade ou que ela não é compreensível. A Educação Clássica, porém, percebe que o mundo dá amostras da ordem com que foi criado e que essa ordem é cognoscível, por isso ensina o aluno a obter esse conhecimento e, usando as ferramentas certas, conhecer melhor a perfeição daquele que criou esta ordem.

As sete artes liberais foram desenvolvidas precisamente para esse fim. Acreditando que podemos conhecer a verdade, e acreditando que a verdade liberta, os educadores clássicos gastaram milhares de anos refinando as ferramentas de busca da verdade que foram usadas desde o início dos tempos, mas foram primeiro codificadas por Aristóteles. As sete artes liberais são o refinamento do senso comum. Eles nos permitem usar as faculdades da razão dadas por Deus para descobrir a verdade. Eles podem até mesmo, se os usarmos de maneira santificada, nos ajudar a vencer o pecado, a ignorância e a insensatez. Estar sentado ouvindo a voz de Deus de um modo místico, quando Ele já está falando conosco e expressando Sua vontade através da lei da não-contradição e a ascensão do sol não é espiritualmente saudável.

Em poucas palavras, a Educação Clássica se diferencia da Educação Atual porque seu objetivo, seus meios e seu fim são outros. O objetivo é cultivar a sabedoria e a virtude, fazer o aluno aprender a aprender e a pensar. Os meios são por a verdade acima do poder e dos bens desta terra. A virtude, acima da socialização. A dialética honesta acima do empirismo. As sete artes acima da manipulação e da ideologia. O fim da Educação Clássica, por sua vez, é a felicidade humana, que consiste na contemplação da Verdade, na contemplação de Deus!

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A Necessidade de Colégios Católicos

O Papa Pio XI publicou a Encíclica Divini Illius Magistri1 com o objetivo singular de proferir salutares palavras, ora de advertência, ora de incitamento, ora de direção, não só aos jovens e aos educadores, mas também aos pais e mães de família, acerca de vários problemas da educação cristã, tendo em vista haver em nossos tempos a falta de claros e sãos princípios.

A Educação cristã é de imensa importância porque direciona o homem a formar-se e portar-se na vida terrena de modo a alcançar o fim sublime para o qual foi criado, ou seja, a salvação de sua alma e de quem mais possa auxiliar, conhecendo, amando e servindo ao Seu Senhor, a fim de gozá-lO eternamente2.

O Santo Padre então manifesta a excelência da obra da educação cristã por ser um meio eficiente para assegurar o Sumo Bem às almas dos educandos e a máxima felicidade possível à sociedade humana. Portanto, este é o modo mais eficaz de cooperar com Deus no aperfeiçoamento das pessoas, mediante a impressão da mais poderosa e duradoura direção na vida, pois o “o jovem mesmo ao envelhecer, não se afastará do caminho trilhado na sua juventude”3.

A função primordial da Igreja e o auxílio essencial das Famílias e do Estado

Há constatada superioridade da Igreja em exercer a missão educativa, mas não exclusividade, pois, enquanto exerce a ordem superior e sobrenatural da educação, cede ao Estado e à Família a ordem natural, de modo que a primeira ordem eleva e aperfeiçoa a outra, e ambas prestam auxílio entre si.

A Família recebe tão logo a missão de Deus e o direito de educar a prole, inalienável e inseparável, anterior a qualquer ação da sociedade. É ainda direito inviolável, que não pode ser suplantado por qualquer ação externa. Por isso, citando o cânone 1113 do Código de Direito Canônico de 1910, o Papa Pio XI destacou que os pais são gravemente obrigados a cuidar da educação de seus filhos, seja ela religiosa, moral, física e civil.

Importante frisar que nos dizeres do Papa, o poder educativo dos pais, embora inviolável, não é absoluto ou despótico, pois é inseparável da subordinação ao fim último de todo cristão, como alude também o Santo Padre Leão XIII na Carta encíclica Sapientiae Christianae:

Por natureza os pais têm direito à formação dos filhos, com esta obrigação a mais, que a educação e instrução da criança esteja de harmonia com o fim em virtude do qual, por benefício de Deus, tiveram prole. Devem portanto os pais esforçar-se e trabalhar energicamente por impedir qualquer atentado nesta matéria, e assegurar de um modo absoluto que lhes fique o poder de educar cristãmente os filhos, como é da sua obrigação, e principalmente o poder de negá-los àquelas escolas em que há o perigo de beberem o triste veneno da impiedade.

De modo a assegurar tamanha função, as famílias, durante a história da Igreja, sempre demonstraram intensa confiança nas escolas católicas, por verdadeiramente confiarem na orientação superior da Igreja, que sempre se preocupou em recordar aos pais o dever de batizar e educar cristãmente os filhos.

A Igreja, por direito divino, e a Família, por direito natural, sempre auxiliaram as crianças a alcançar a educação por excelência. Os pais, cuja função primeira é educar os seus, sempre reconheceram humildemente o título da Igreja de Mestra da Verdade, capaz de fornecer os meios mais eficazes para se chegar ao conhecimento de Deus.

A outra figura da ordem natural é o Estado que, primeiramente, não deve usurpar a função precípua da Igreja e da família, a não ser que tenha que suprir alguma deficiência desta última, competindo-lhe promover o bem comum e temporal, o qual também se dá pela preocupação com a educação.

Portanto, é dever do Estado proteger com as suas leis o direito anterior da família sobre a educação cristã da prole e por consequência respeitar o direito sobrenatural da Igreja a tal educação cristã.

O Estado deve, enfim, favorecer e ajudar o esforço da Igreja e das famílias, completando-o, quando houver alguma insuficiência, por meio de escolas e instituições próprias, desde de que sempre com o objetivo de proteger a educação moral e religiosa da juventude.

Os erros modernos na educação

Tanto a Igreja quanto as verdadeiras famílias católicas e os Estados fiéis à sã doutrina lutam contra tudo o que não direcione a educação das crianças e jovens à formação sobrenatural, ou seja, ao que o Papa nomeia de naturalismo pedagógico. Deve-se negar ainda tudo o que afaste os educandos da essencial doutrina do pecado original e da graça, tamanho é o valor de, desde a mais tenra idade, conhecer a necessidade de corrigir as inclinações desordenadas, excitar e ordenar as boas e sobretudo iluminar a inteligência e fortalecer a vontade com as verdades sobrenaturais e os auxílios da graça, sem a qual não se pode, nem dominar as inclinações perversas, nem conseguir a devida perfeição educativa da Igreja, perfeita e completamente dotada por Cristo com a divina doutrina e os Sacramentos.

O erro está também em todo o sistema que apela para uma autonomia deliberada e ilimitada da criança, ao ponto de suprimir a autoridade do educador. Faz-se isso como se a verdadeira educação católica não aplicasse a cooperação ativa do aluno na sua própria educação, o que é inverídico, pois a hierarquia e o governo não suprimem a criatividade natural das crianças nem prejudicam o aprendizado, mas o enriquecem.

Esta atuação externa à Igreja apresenta uma subtração sistemática da dependência que a educação dever ter da lei divina. Buscam-se códigos morais e universais de educação, na medida em que os dez mandamentos, a tradição católica e a própria lei natural são postas de lado.

Há ainda um levante em favor da alfabetização tardia, baseada no chamado construtivismo4, baseado na ideia de que o aluno não deve ser alfabetizado logo tão novo por ser o processo de alfabetização algo permanente. A ideia é retardar o exercício da linguagem e o estudo do sentido das palavras, por não haver necessidade de que o sistema alfabético seja ensinado cedo, como sempre se fez. Em meios práticos, isto traz, obviamente, uma dificuldade de aprendizado natural da criança na fase primária, já que na fase inicial foi-lhe negada a alfabetização completa.

O construtivismo, paradoxalmente, baseia-se em tudo que deseja destruir o ideário católico, dentre os quais se destacam as ideias progressistas do iluminismo, no qual o homem é composto como ator principal da história, no lugar de Deus, e a doutrina do pecado original é afastada, visto que, como expressa Rousseau, “o homem é bom, a sociedade o corrompe”. O naturalismo, sobre o qual adverte Pio XI, ganha força aqui e dá uma vazão catastrófica à educação, pois tudo passa a se basear na libertação dos chamados instrumentos de opressão, dentre os quais estão os meios tradicionais de educação e a própria escola.

Por esta construção, surge uma pedagogia revolucionária, na qual há uma excessiva centralidade no aluno ativo, de modo que o professor passa a ser apenas um colaborador. A função do mestre de ensinar o conhecimento adquirido torna-se prejudicada e dá vez ao descobrimento individual do aluno.

A solução é a escola católica

Todo erro que recai sobre a Terra possui uma solução, então todo arcabouço errôneo construído em volta da educação pode ser combatido.

Este combate é feito por meio das bases já demonstradas no primeiro tópico. A primeira delas é senão a mais importante. A Igreja sempre combateu todos os erros agindo mediante seus sacramentos, ritos, pela liturgia e pela arte, mas no que se refere à educação, cita-se mais precisamente seu envolvimento por meio das escolas, associações e outras instituições que auxiliam na formação da juventude na piedade religiosa e no estudo das ciências.

Essencial também é a ação poderosa da família cristã que, nadando contra a maré dos erros modernos, exerce o papel precípuo de solidificar a educação dos filhos baseada na sã doutrina, sendo por vezes necessário o estudo e a paciência doméstica para bem instruir os pequenos.

Salutares as palavras do Papa ao dizer que é admirável quando há harmonia entre a Igreja e a família, de modo que se pode expressar que ambas constituem um único templo da educação cristã.

O terceiro item naturalmente seria o Estado, mas na verdade, o Papa nos chama atenção com as seguintes palavras: sendo necessário que as novas gerações sejam instruídas nas artes e disciplinas com as quais aproveita e prospera a convivência civil, e sendo para esta obra a família, por si só, insuficiente, daí vem a instituição social da escola.

A escola é, portanto, uma necessidade da família e vem da iniciativa desta e da Igreja e, subsidiariamente, quando necessário, do Estado. Veja, a escola não substitui o papel familiar ou o supremo poder educacional da Igreja, mas de maneira complementar deve agir de modo a harmonizar-se positivamente com ambas. É, portanto, um grande ponto de alcance do objetivo principal da educação cristã.

Para que exerça de maneira louvável seu papel, é necessário que a escola seja católica confessional, ou seja, é indispensável que todo o ensino e toda a organização da escola: mestres, programas, livros, em todas as disciplinas, sejam regidos pelo espírito cristão, sob a direção e vigilância maternal da Igreja católica, de modo que a Religião seja verdadeiramente fundamento e coroa de toda a instrução, em todos os graus, não só elementar, mas também media e superior.

Se a escola serve, antes de mais nada, para auxiliar na educação fornecida pela família e pela Igreja, não se pode afirmar que conseguirá exercer sua função precípua quando estiver dividida em métodos diferenciados de ensino ou se for claramente laica.

Por isso, numa realidade como a atual, onde os estados não confessam a verdadeira fé, o papel das famílias em prol das escolas católicas é indispensável. Segundo Pio XI, deve-se fazer uma verdadeira Ação Católica em favor da Escola, de modo a promovê-la e defendê-la por aqueles que ainda não conseguem defender-se, as crianças e jovens. O Papa então proclama que tamanha é a importância dessa ação:

Por esta razão, procurando para seus filhos a escola católica (proclame-se bem alto e seja bem compreendido por todos) os católicos de qualquer nação do mundo não exercem uma ação política de partido, mas sim uma ação religiosa indispensável à sua consciência; e não entendem já separar os seus filhos do corpo e do espírito nacional, mas antes educá-los dum modo mais perfeito e mais conducente à prosperidade da nação, pois que o bom católico, precisamente em virtude da doutrina católica, é por isso mesmo o melhor cidadão, amante da sua Pátria e lealmente submisso à autoridade civil constituída em qualquer legítima forma de governo.

É também por meio das escolas católicas que os erros modernos podem se esvair:

Nesta escola, em harmonia com a Igreja e com a família cristã, não acontecerá que, nos vários ramos de ensino, se contradiga, com evidente dano da educação, o que os discípulos aprendem na instrução religiosa; e se for necessário fazer-lhes conhecer, por escrupulosa consciência de magistério, as obras erróneas para as refutar, que seja isso feito com tal preparação e tal antídoto de sã doutrina que resulte para a formação cristã da juventude grande vantagem e não prejuízo.

Por meio delas, deve-se buscar tudo que é essencial, que por decadência de nossos tempos está se perdendo, como o estudo da latinidade e da sã filosofia tomista, distanciando-se da corriqueira superficialidade. Necessário ainda é criar a aptidão e solidez no ensino das letras e das ciências estando tudo isto sempre conforme a fé católica.

Conclui-se, portanto, pela importância e necessidade da escola católica, que, de maneira a complementar a função da Igreja e da família, envolve-se no fim próprio da educação cristã, ou seja, o de cooperar com a graça divina na formação do verdadeiro e perfeito cristão, na formação do homem sobrenatural que pensa, julga e opera constantemente e coerentemente, segundo a sã razão iluminada pela luz sobrenatural dos exemplos e doutrina de Cristo.

  1. Grande parte deste artigo foi baseado na Encíclica Divini Illius Magistri do Papa Pio XI, de 31.dez.1929. Todas as frases em itálico do texto foram retiras ipsis literis da mencionada encíclica.
  2. Questão 55 do Catecismo de S. Pio X.
  3. Prov. XXII, 6
  4. Fonte: OLIVEIRA, João Batista e Araújo, LEREIS COMO DEUSES, A tentação da proposta construtivista – 2006.