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3 virtudes para ensinar aos filhos

A família é o primeiro e principal ambiente no qual devem ser cultivadas as virtudes. Os ensinamentos da Igreja e a vida dos santos norteiam os pais que desejam trabalhar as virtudes na educação das crianças. Segundo o Catecismo da Igreja Católica, “(a virtude) permite à pessoa não somente praticar atos bons, mas dar o melhor de si mesma. A pessoa virtuosa tende para o bem com todas as suas forças sensíveis e espirituais; procura o bem e opta por ele em atos concretos.” (1803)

É na família – onde a pessoa nasce e é criada, onde tem as primeiras oportunidades de errar e acertar – o ambiente mais favorável para o desenvolvimento da pessoa. É preciso, enquanto pais, se atentar às tendências ruins do filho e descobrir os meios possíveis para ajudá-lo a encontrar um caminho diferente.

No entanto, tão ou mais importante que identificar vícios é fortalecer o que há de bom. A família não deve caminhar com o peso de que tudo depende de si: antes de tudo, é necessário confiar na Graça.

Continue a leitura e descubra 3 virtudes para ensinar e trabalhar com os filhos.

3 virtudes para inserir na educação dos filhos

Virtude da fortaleza

“A fortaleza é a virtude moral que, no meio das dificuldades, assegura a firmeza e a constância na prossecução do bem. Torna firme a decisão de resistir às tentações e de superar os obstáculos na vida moral. A virtude da fortaleza dá capacidade para vencer o medo, mesmo da morte, e enfrentar a provação e as perseguições. Dispõe a ir até à renúncia e ao sacrifício da própria vida, na defesa duma causa justa”. [CIC, 1808]

A fortaleza tem duas manifestações: a capacidade de enfrentar, de empreender, assumir ideais, tarefas ou deveres difíceis; e a capacidade de resistir, de aguentar. As virtudes que são frutos dela são a constância, a paciência e a magnanimidade.

Algumas dicas práticas para se desenvolver nessa virtude são:

→ Busque a aprovação de Deus mais do que a aprovação dos homens.
→ Aceite de bom grado as pequenas contrariedades da vida.

Virtude da temperança

“A temperança é a virtude moral que modera a atração dos prazeres e proporciona o equilíbrio no uso dos bens criados. Assegura o domínio da vontade sobre os instintos e mantém os desejos nos limites da honestidade. A pessoa temperante orienta para o bem os apetites sensíveis, guarda uma sã discrição e não se deixa arrastar pelas paixões do coração”. [CIC, 1809]

Assim como toda virtude, a temperança também gera frutos. Entre eles, é possível citar a mansidão e a castidade. Para praticar essa virtude, aconselha-se:

→ Escolher um pequeno sacrifício para realizar em algum momento do dia (ou ao longo do dia).

→ Não revidar e se calar diante de pequenas injustiças.

Virtude da prudência

“A prudência é a virtude que dispõe a razão prática para discernir, em qualquer circunstância, o nosso verdadeiro bem e para escolher os justos meios de o atingir. […] É chamada «auriga virtutum – condutor das virtudes», porque guia as outras virtudes, indicando-lhes a regra e a medida. É a prudência que guia imediatamente o juízo da consciência. O homem prudente decide e ordena a sua conduta segundo este juízo. Graças a esta virtude, aplicamos sem erro os princípios morais aos casos particulares e ultrapassamos as dúvidas sobre o bem a fazer e o mal a evitar”. [CIC, 1806]

Os frutos da prudência são a ordem e a humildade. Para praticá-la, busque:

→ Lembrar-se de todas as coisas que poderia ter feito melhor no dia anterior e tentar ser o melhor possível naquele dia que se inicia.

→ Faça suas obrigações nos horários estabelecidos: não deixe nada para depois.

→ Não justifique ou dê desculpas quando alguém te repreender.

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